UFSCar e FAI UFSCar recebem representante do Instituto Tecnológico de Monterrey do México

TERÇA-FEIRA, 5 DE AGOSTO DE 2025 UFSCar e FAI UFSCar recebem representante do Instituto Tecnológico de Monterrey do México

Representantes da UFSCar e da FAI UFSCar receberam a Consultora Sênior em Inovação Educativa do Instituto Tecnológico de Monterrey, no México, Karina Roleri, nesta quarta-feira, 30, no prédio da Fundação. O objetivo da visita foi conhecer o projeto pedagógico implementado pela universidade mexicana, considerada uma das melhores da América Latina, e estudar a possibilidade de uma parceria entre as duas instituições. 

Participaram da reunião o Diretor Executivo da FAI UFSCar, Targino de Araújo Filho; o Pró-Reitor de Graduação da UFSCar, Douglas Verrangia; o Pró-Reitor Adjunto de Extensão da UFSCar, Alexandre Nishiawaki; o Coordenador das Atividades Extensionistas da Pró-Reitoria de Extensão, Rui Tadashi Yoshino; o professor do Departamento de Engenharia Elétrica, Helder Galeti e o Assessor de Relações Institucionais da FAI UFSCar, Rogério Gianlorenzo.

No modelo educativo da instituição mexicana, os cursos de graduação são feitos por trilhas e são divididos em três etapas: (1) área de exploração, em que o estudante tem contato com matérias básicas; (2) área de enfoque, na qual as matérias são mais direcionadas e (3) área de especialização, na qual o aluno vai se aprofundar na carreira que escolheu. “E para cada uma dessas etapas, o nosso estudante pode contar com um mentor para tirar dúvidas, inclusive sobre qual trilha seguir”, explica a Consultora Sênior em Inovação Educativa do Instituto Tecnológico de Monterrey, Karina Roleri.

Outra característica interessante desse projeto pedagógico, é que a universidade mexicana conta com o que eles chamam de “sócios formadores”. São organizações públicas ou privadas, como empresas, associações, institutos e grupos da sociedade civil que oferecem desafios reais para que os estudantes proponham soluções. 

Modelo muito semelhante ao que vem sendo construído pela UFSCar, o Programa “IntegraLab”, um projeto piloto de extensão, por meio do qual alunos dos Cursos de graduação trabalharão juntos para resolver problemas reais de empresas, indústrias, ONGs e outras instituições parceiras. “A ideia é que esses estudantes saiam do ambiente controlado dos laboratórios e da sala de aula e vivenciem desafios de ambientes reais, alinhando o ensino ofertado às demandas do setor produtivo e da sociedade”, explica o idealizador da iniciativa, Helder Galeti.   


O IntegraLab conta com a parceria de algumas empresas e deve ser implementado nos próximos meses pela Universidade. “Trata-se de uma experiência que pode ser ampliada para todas as áreas do conhecimento da UFSCar”, afirma o Diretor Executivo da FAI UFSCar, Targino de Araújo Filho.

Para o Pró-Reitor de Graduação, Douglas Verrangia, o projeto ajuda a ressignificar a relação da universidade com a sociedade. “É preciso repensar nossas práticas de ensino-aprendizagem e não somente no campo da tecnologia. Nós temos, por exemplo, o Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência, PIBID, em que estudantes de licenciatura participam de projetos em escolas públicas. Poder, então, fazer parcerias com outras universidades nos ajuda a enxergar essas outras possibilidades”, ressalta. 

O Pró-Reitor Adjunto de Extensão, Alexandre Nishiaki, destaca que, nos últimos 20 anos, houve um esforço das universidades em tornar as instituições mais diversas. No entanto, ainda é preciso repensar metodologicamente a forma de se trabalhar com a educação, reforçar que as universidades não transferem conhecimento, mas constroem coletivamente em um intercâmbio de saberes. “As universidades se tornaram desinteressantes para os estudantes, na medida em que esses jovens não enxergam nas nossas instituições a resolução de problemas e desafios reais. Por isso, projetos como esses são fundamentais”, salienta.

Foto: Alyson Massoli